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Subcomandante-Geral passa para a Reserva Remunerada

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Coronel Ruzicki assinou seu pedido de Reserva, que foi publicado neste dia 24 de março.
Coronel Ruzicki assinou seu pedido de Reserva, que foi publicado neste dia 24 de março.

No dia 24 deste mês, o Subcomandante-Geral do CBMRS se despediu da Corporação. O Coronel Lúcio Alex Ruzicki está oficialmente encerrando suas atividades na Corporação e indo para a Reserva Remunerada, após 34 anos de efetivo serviço.

O Coronel Ruzicki incluiu ainda na Brigada Militar no dia 19 de fevereiro de 1987, como cadete na Academia de Polícia Militar e, em 2015, realizou o Curso de Especialização em Bombeiros para Oficiais. Após a desvinculação do CBMRS junto a BM, optou em fazer a transposição e seguir como bombeiro militar, onde assumiu como Subcomandante-Geral em 2019. Deste então o Coronel Ruzicki vem desempenhando suas funções contribuindo para o crescimento da Corporação.

Em uma carta deixada após a publicação da sua Reserva, o Coronel Ruzicki agradeceu as Instituições por onde passou, as amizades, e as oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Ainda, fez questão de agradecer ao Comandante-Geral do CBMRS, Coronel Bonfanti, o qual foi seu colega de farda desde os tempos do 2º grau.

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul agradece ao senhor, Coronel Ruzicki. Que seja o início de uma nova jornada, de muita saúde e sucesso!

Abaixo, a carta deixada pelo Coronel Ruzicki, na íntegra.

“Existem diversas profissões, ocupações, fazeres...
Mas ser militar é diferente.
O militar tem limites para agir, mas não pode ser limitado quando tem uma missão.
O militar vive a rotina de sua instituição, ainda que seu trabalho, muitas vezes, não estabeleça rotinas.

Vive a vida da corporação, não acompanha vivências de sua família.
Entrega-se a uma identidade que lhe deixa impregnado, via de regra muito jovem. Respira possibilidades de ação, maneiras de agir dentro da legalidade, vê a realidade de todas as esferas sociais com olhos de segurança, percebe as diferenças e junto com estas, as suas limitações concretas em construir uma sociedade diferente.

Vive uma vida vestindo sua segunda pele, a farda. A roupa que lhe diferencia e promove a herói (ou não) é absorvida na sua caminhada, o que faz e pensa sob aquela armadura queima sua carne e marca sua alma.

Durante a carreira, sempre diversos altos e baixos, dificuldades, distâncias, afastamentos, aproximações, metas, planejamentos, chutes, cabeceadas, sucessos e a falta dele também. Perdas, desgastes, esquecimentos... esquecemos de nossa natureza, das nossas necessidades e lembramos apenas do que precisamos fazer.

Ser militar é isto, é assim. Foi embarcar em uma viagem ainda adolescente, atravessar alguns destinos, descer em diversas estações, conhecer o nosso Estado e desempenhar diversas funções como Oficial da Brigada Militar, o Policiamento Ostensivo, desde a operacionalidade passando pela atividade meio, na Academia de Polícia Militar e na Gestão no Estado Maior da daquela Corporação que me proporcionou inclusive ser Vice Diretor e Chefe de Segurança da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

Já no Corpo de Bombeiros, após a possibilidade de mudar de embarcação na reta final da viagem, fui primeiro Corregedor-Geral, estruturando a Corregedoria, Diretor do Departamento Administrativo, Diretor do Departamento de Prevenção e Diretor da Academia de Bombeiros, chegando a Subcomandante-Geral. Sempre com o mesmo propósito, alcançar uma posição de comando, ter a certeza de que fiz o melhor e organizar a nova fase da minha trajetória.


No dia 24 de março, deixei de ser o que fui nos últimos 34 anos, militar. Aluno Oficial, Aspirante, 2° e 1° Tenente, Capitão, Major, Tenente-Coronel e Coronel, atingindo o topo da carreira na função de Subcomandante-Geral do CBMRS.

Gratidão a todos que de alguma forma participaram do meu amadurecimento pessoal e profissional. Ao Comandante-Geral, Coronel Bonfanti, meu colega de 2° Grau, de Curso de Formação de Oficiais e agora compartilhando o Comando do Corpo de Bombeiros.

Um especial agradecimento, aos que serviram de base para que tudo fosse possível, meus filhos Ana Lucia, Ana Letícia, Antônio Alex e Alice e a minha esposa Andrea Friedrch Ruzicki pela compreensão, pela paciência e sabedoria em conduzir nosso lar e nossa família de forma tão brilhante nas minhas ausências.

Aos meus colegas de farda, continuo à disposição, desejando êxito na missão e a certeza de que em breve nos veremos.

Tudo que aprendi, o conhecimento que adquiri, as amizades que fiz, permanecerão comigo.
Fraterno abraço.”

Lúcio Alex Ruzicki – Coronel RR

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